A Periferia no Poder!
Sou a Thamy do Mandela, candidata a vereadora em Campinas e liderança da Comunidade Nelson Mandela. Quero construir essa candidatura como temos construído a luta do Mandela: coletivamente! Conheça nossas pautas e venha com a gente colocar a periferia no poder em Campinas!




Nada sobre nós,
sem nós!
Ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão para melhorar a nossa Campinas? Entre em contato conosco! Aqui sua voz será ouvida!
As pautas que nos movem!
Conheça um pouco mais sobre as pautas que carrego ao longo da minha trajetória de luta por Campinas.
Habitação e Moradia Digna
Em Campinas, a desigualdade territorial é evidente. Enquanto as regiões mais ricas, como Cambuí e Nova Campinas, concentram os serviços públicos de qualidade, as periferias, onde vive a maioria da população, enfrentam uma escassez desses serviços. Bairros como Campo Belo, Vila União, Jardim Florence, Parque Oziel e Jardim Capivari sofrem com a falta de infraestrutura básica, evidenciando a disparidade no atendimento às necessidades dos cidadãos. Essa desigualdade territorial não é apenas uma questão de geografia, mas uma manifestação clara da injustiça social que permeia nossa cidade.
A especulação imobiliária em Campinas agrava ainda mais essa desigualdade. A cidade tem experimentado uma expansão urbana desordenada, tanto horizontalmente, com o aumento do perímetro urbano, quanto verticalmente, com proliferação de inúmeros prédios. O recente projeto de expansão urbana (PLC 88 que altera a lei 207/2018), já aprovado pela Câmara de Vereadores de Campinas em primeira discussão, beneficiará as grandes incorporadoras e poderá trazer sérios impactos negativos do ponto de vista ambiental. A organização do espaço urbano precisa ser condizente com as reais necessidades da população e atender às demandas de preservação ambiental, evitando a expulsão dos moradores de baixa renda para áreas ainda mais periféricas, com reduzida quantidade de serviços públicos e poucas opções de trabalho para os moradores.
Por sua vez, o problema da moradia em Campinas é crítico. Muitas casas não possuem regularização fundiária e possuem condições precárias de infraestrutura. A ocupação Nelson Mandela, que a Thamy faz parte da coordenação, é um exemplo de luta por moradia digna. A recente vitória com a obtenção de construções de casas para os moradores é um passo importante, mas ainda há muito a ser feito. É inadmissível que em uma cidade como Campinas, tantas famílias vivam em condições precárias. Moradia digna é um direito básico que deve ser garantido a todos.
Thamy do Mandela, como mulher, mãe, preta e moradora da periferia, traz consigo a voz daqueles que mais sofrem com essas injustiças. Sua candidatura à vereadora pelo PSOL representa uma esperança de mudança real para Campinas. Ela conhece de perto os desafios enfrentados pela população periférica e está comprometida em lutar por uma cidade mais justa e igualitária. Thamires defende um planejamento urbano que priorize as necessidades das pessoas e não os lucros das grandes corporações. Com sua força e capacidade de mobilização, a Thamy do Mandela está pronta para assumir uma cadeira de vereadora em Campinas e potencializar a luta dos que lutam por uma Campinas mais digna.
NOSSAS PROPOSTAS
Reativação e Fortalecimento do Conselho Municipal de Habitação
Reativar o Conselho de Habitação para garantir a participação popular e ser um espaço de formulação e fiscalização das políticas habitacionais de interesse social em Campinas.
Mapeamento de Terrenos e Imóveis para Habitação Social
Articulação com Movimentos Sociais, Sindicatos e Universidades para mapear terrenos e imóveis abandonados que possam para destiná-los à construção de habitação social.
Fiscalização da cobrança do IPTU Progressivo
Fiscalizar a Prefeitura para aplicar corretamente o IPTU progressivo em propriedades que não cumprem função social.
Destinação de Emendas Parlamentares para na Periferia
Destinar emendas parlamentares para melhorar a infraestrutura de equipamentos públicos das periferias e próximos aos projetos habitacionais de interesse social.
Requalificação do Centro de Campinas para Habitação Social
Propor legislação para regulamentar os critérios para requalificação de imóveis abandonados no centro, destinando-os à habitação de interesse social
Habitações de Interesse Social Sustentáveis
Propor legislação que estabeleça critérios de sustentabilidade ambiental para a construção de habitações de interesse social
Pela Garantia de Código de Endereçamento Postal (CEP) para Todas as Residências.
Propor legislação para assegurar que todas as residências de Campinas, inclusive em áreas não regularizadas, tenham acesso ao CEP, garantindo cidadania e inclusão nos serviços públicos.
Feminismo e Direitos das Mulheres
As políticas para mulheres do município de Campinas precisam de maior apoio, projetos e investimento. Não à toa os dados de violência contra a mulher no município têm tido um constante aumento. Segundo o Sistema de Notificação de Violências (Sisnov) houve um aumento de 67% de notificações de casos de violência. No ano de 2023, a região metropolitana de Campinas registrou 1 feminicídio a cada 5 dias. Quando olhamos para os equipamentos de combate e acolhimento às vítimas é notório uma defasagem de investimento e recursos humanos na constituição da rede protetiva contra a violência de gênero.
Em Campinas, o Centro de Referência e Apoio da Mulher (CEAMO), serviço responsável por acolher, fortalecer, orientar e encaminhar vítimas de violência de gênero, conta com um número baixo de profissionais: uma psicóloga, uma assistente social, uma assessora jurídica e uma coordenadora, para demanda de todo o município. É de suma importância ampliar o quadro técnico de atendimento deste serviço para dar conta da demanda crescente de mulheres vítimas de violência. A Casa Abrigo da Mulher (SARAM) , serviço responsável por acolher e abrigar mulheres em situação de risco em local seguro e sigiloso, possui apenas 16 vagas para todo o município.
A Lei Maria da Penha (Lei nº11.340/2006) representou um avanço no que tange às políticas em defesa dos direitos das mulheres. Porém, para que a lei seja efetiva é preciso estarmos atentas quanto às exigências de seu cumprimento, a partir da ampliação e fortalecimento dos equipamentos públicos de proteção e assistência para as mulheres, sejam eles: os centros de referência, casa abrigo, os serviços da assistência social, dentre outras. É preciso também ampliar a infraestrutura das Delegacias de Defesa das Mulheres (DDMs) para um atendimento humanizado pelos/pelas operadores(as) do direito para que a vítima seja acolhida e não revitimizada.
Defendemos à implantação de Programas de Assistência Integral à Saúde da Mulher, com o fortalecimento do SUS, a partir do planejamento familiar, distribuição e informação de todos os métodos contraceptivos, implantação de serviços de aborto previstos por lei, atendimento humanizado à mulheres vítimas de violência sexual, com acesso a profilaxia de IST/AIDS.
Também consideramos importante fortalecer e ampliar os atendimentos das Defensorias Públicas, sobretudo dos Núcleos de Atendimento às Mulheres em situação de violência como os núcleos de igualdade racial e da criança e do adolescente. A ampliação dos direitos das mulhere também perpassa o apoio e fortalecimento de benefícios e programas de transferência de renda, de igualdade salarial.
Educação
O poder público municipal passou anos sem construir novas escolas, a ponto de chegar a ter uma fila de espera de 4,5 mil crianças de zero a três anos, isso porque, nesta idade, o ensino não é obrigatório, mas direito subjetivo. Em 2024 a gestão atual anunciou a construção de 16 Centros de Educação Infantil (CEIs) para atender essa demanda represada. No entanto, as escolas que, finalmente, estão sendo construídas, além de não estarem todas com datas previstas para iniciarem atendimento, seguem uma lógica de desrespeito à população periférica – uma das consequências da negação do direito à moradia digna e do pertencimento à cidade – isso porque, a quantidade construída foi planejada para atender a demanda represada, mas com uma organização de escolas superlotadas, podendo chegar a mais de 30 crianças por turma na faixa etária de zero a três anos! Essa quantidade de crianças precariza o direito à educação dos moradores oriundos da periferia da cidade.
A partir dos 4 anos o ensino passa a ser obrigatório, assim os números de não atendimento não são tão grandes. No entanto, na educação infantil, o atendimento da idade obrigatória, 4 a 5 anos (podendo chegar a seis se a criança fizer aniversário depois da data de corte, que é 31 de março) tem um custo muito alto às crianças e famílias. A partir dos três anos e meio aproximadamente, na Rede Municipal de Educação de Campinas, as crianças frequentam o Agrupamento III, que passa a atender apenas 4 horas por dia, seja das 7h às 11h ou das 13h às 17h (podendo variar alguns minutos no horário de entrada e saída dentro dessas horas, mas sempre contando quatro horas). Ora, questionamos a fragilidade que esse atendimento gera às crianças, que deveriam ter a opção de um atendimento integral, como ocorre com crianças de zero à três e, tão importante quanto, e também às mães e/ou familiares responsáveis em geral que, muitas vezes, não podem ir em busca de um emprego formal por não ter com quem deixar sua criança antes ou depois da escola.
Mais uma vez temos uma demonstração de discriminação a população periférica. Historicamente a educação de bebês e crianças bem pequenas é uma luta de mulheres, principalmente mulheres negras, que sempre precisaram trabalhar para sustentar a família e precisavam de um lugar seguro para deixar seus filhos. Ao longo dos tempos, a educação infantil, desde a creche até a pré-escola foi se legitimando como um direito de toda criança e hoje faz parte da educação básica. Porém, em Campinas, as crianças que passam a frequentar o Agrupamento III têm esse direito precarizado ao não terem mais a opção de passarem o dia todo na escola.
O poder público municipal vem ignorando esta dificuldade gerada à periferia da cidade. Até agora o que se tem é o desrespeito à isonomia entre as crianças, porque a prefeitura firma convênio com escolas privadas Colaboradoras, pertencentes a Organização da Sociedade Civil (OSCs) e que, em apenas algumas unidades deste convênio, oferecem o AGIII integral. As unidades que possuem esta possibilidade não estão todas na periferia da cidade, algumas fazem parte da região central, o que demonstra novamente o descaso com moradores periféricos.
No ensino fundamental o município repassa a maior parte da demanda às escolas estaduais. É meta do Plano Municipal de Educação (Lei 15.029/2015) a ampliação de atendimento desta etapa de ensino para sete horas por dia, hoje existem 9 escolas municipais com essa jornada, sendo uma exclusiva de Educação de Jovens e Adultos, um número irrisório perto da quantidade de alunos que cursam o ensino fundamental no município.
Ser meta municipal a ampliação do horário de atendimento do ensino fundamental é importantíssimo e revela ainda mais a precarização das crianças do Agrupamento III da Educação Infantil. Por que a faixa etária de 3 a 5 anos não pode ter seu atendimento ampliado também?
Além de tudo isso, não é um problema para o poder público de Campinas transportar as crianças moradoras dos bairros distantes para estudarem em escolas que chegam a estar a mais de 20 minutos de trajeto da sua residência. O transporte de alunos das escolas no município é racista e aporofóbico, normalizou-se a locomoção de crianças muito pequenas, da educação infantil, ou maiores, do ensino fundamental, como se ter escolas próximas da residência não fosse um direito de cada uma delas e como se o direito a educação pudesse ser tão precarizado.
Estes são apontamentos do quanto se tem precarizado o direito à educação em Campinas, principalmente daqueles que residem em bairros com condições precarizadas de habitação e que o poder público tende a ignorar. Somado a eles é importante trazer o aumento de crianças público alvo da educação especial nas escolas do município. Para se ter uma ideia, as crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) cresceram 25 vezes em uma década (2014 – 2024). Para fazer um recorte, desde a pandemia de Covid-19 (decretada em 2020), que prejudicou muito o acesso à educação dos moradores de baixa renda, a média de aumento de alunos com TEA matriculados, só na rede municipal de ensino, é de 178 por ano.
Alunos e alunas da educação especial exigem uma estrutura que lhes garantam dignidade de acesso e permanência na escola regular e que se repense a lógica de organização da educação para que suas especificidades sejam atendidas, além de uma rede de terapias que intersecciona demandas, além da educação, para saúde e assistência social. No entanto, como garantir este direito se o poder público municipal faz o planejamento de vagas com quantidade excessiva na relação alunos/professor? E, os profissionais que as crianças necessitam nem sempre estão disponíveis a elas, seja professor, intérprete ou cuidadores?
Meio Ambiente e Racismo Ambiental
Frequentemente temos presenciado eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e ondas de calor. São cada vez mais visíveis as consequências do aquecimento global, causado principalmente pela queima de combustíveis fósseis e pelo desmatamento, que servem apenas para beneficiar donos de indústrias e os poderosos do setor agropecuário. É fácil perceber que há uma grande diferença na forma com que essas situações atingem a população campineira: é em bairros e territórios periféricos onde se tem maior risco de deslizamentos, inundações e onde há piores índices de poluição do ar e das águas, para citar alguns exemplos. Neste grupo, vemos que pessoas negras e mulheres são as que mais sofrem, já que são a maior parte da população periférica e quem assume as tarefas de cuidado nas famílias. Essa discrepância tem nome: racismo ambiental.
A distribuição desigual das consequências da degradação ambiental segue a mesma lógica que organiza nossas cidades: periferias segregadas do centro e o urbano tratado como oposto ao ambiental. Mas cidades e meio ambiente não devem ser separados e, por isso, lutar pela natureza deve incluir lutar por justiça climática, moradia digna, saneamento básico e acesso à água, por melhor mobilidade urbana e pelo direito à cidade. Thamy é uma mulher negra, mãe e ex-moradora de uma ocupação, por isso ela sente na pele o racismo ambiental e tem propriedade para falar que a luta por moradia digna é, também, uma luta contra o machismo, o racismo e pela natureza. O planejamento da cidade incluindo nas periferias o aumento da arborização e da permeabilização do solo, além de moradias planejadas garantindo maior conforto térmico são essenciais para uma maior qualidade de vida da população campineira. Sabendo disso, Thamy consegue unir essas frentes de luta e representa uma pré-candidatura combativa e potente, sendo essencial para nossa Campinas!
Nossos apoiadores!









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